sábado, 3 de novembro de 2012

Líderes qualificados Igreja Santificada

Estudo Nº 6:
 
O LÍDER E O DINHEIRO
As expressões que vamos estudar neste bloco referem-se ao dinheiro e aos bens materiais.
Paulo diz que o bispo (presbítero) o pode ser "avarento" (v.3) e que os diáconos o podem ser "cobiçosos de sórdida ganância" ( v.8). Em Tt 1.7 torna a dizer:
 
"O bispo... não seja...cobiço detorpe ganância".
Em muitas outras passagens, a Bíblia adverte os crentes contra a avareza, acobiça ou a ganância. Alguns líderes, ministrando aos demais, são especialmente tentados nestaárea. Mas eles devem ser
"modelos do rebanho" nesta questão também.
 
O dinheiro não é mau
Inicialmente, é preciso esclarecer que o dinheiro em si mesmo não é mau.
Leia I Tm 6.9-10 e observe que a Bíblia não proíbe a posse de riquezas, mas a ambição pela riqueza a qual expõe os homens a"tentação e citada", as"concupiscências insensatas e perniciosas".
 
E acrescenta:
"o amor ao dinheiro é raiz de todos os males".
 
Não é o dinheiro que é mau, mas o "amor ao dinheiro", a ambição desmedida, a cobiça.
Note que o apóstolo esfalando de"homens cuja mente é pervertida... supondo que a piedade é fonte de lucro"(vs. 3-5).
O cifrão domina suas mentes e é asua motivação.
A Bíblia conta a história de grandes homens de Deus que foram multo ricos.
Deus mesmo osenriqueceu não somente porque queria ser glorificado neles, mas também porque os amava. Além disso, aprendemos na Bíblia que quando Deus enriquece a alguns, Ele o faz não apenas para o seu
"aprazimento", mas também e especialmente para
"que pratiquem o bem, sejam ricos de boasobras, generosos em dar e prontos a repartir..."(I Tm 6.17-18).
Ver At 2.44-45; 4.34-35; II Co 8.14-15).
 
Uma questão de prioridade.
Falando das necessidades materiais, Jesus disse.
"...vosso Pai celeste sabe que necessitais detodas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas cousas vosserão acrescentadas " (Mt 6.32-33). Jesus ensinou também que não devemos ajuntar tesouros noterra, mas no céu, e acrescentou:
"Porque onde esta o teu tesouro, aí estará o teu coração"
(Mt 6.19-21).
Ver também. Cl 3.1-2. Trata-se de um "estilo de vida",
determinado por aquilo que é mais importante e duradouro. Odinheiro e os bens são importantes e necessários, mas são
meios, não o fim ou propósito de nossasvidas.
Tornamo-nos materialistas, egoístas, avarentos e gananciosos quando amamos o dinheiro e osbens, e fazemos deles o alvo de nossas vidas.
 
A tendência humana
A tendência humana é esquecer-se de Deus quando as riquezas prosperam.
Os filhos de Israelenfrentaram esta tentação quando entraram na Terra Prometida. E Moisés os advertira de antemão,dizendo:
 
"Havendo-te, pois o Senhor teu Deus introduzido na terra que... prometeu... te daria,grandes e boas cidades..., casas cheias de tudo o
 que é bom, casas que não encheste... guarda-te, para que não esqueças o Senhor..."
(Dt 6.10-12).
 
E outra vez:
"Guarda-te, não te esqueças do Senhor teu Deus, não cumprindo os Seus mandamentos... Não digas no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas"(Dt 8.11,17).
 
Aprendamos esta lição de Israel. Asbênçãos materiais que Deus nos concede podem vir a se transformar em uma maldição.
Podemosnos esquecer dAquele que no-las concedeu. É a tendência humana.
Podemos ficar tão envolvidoscom as coisas materiais da vida que perdemos a perspectiva espiritual.
O dinheiro pode setransformar num fim em Si mesmo e não num meio para alcançar os propósitos divinos.
 
A tentação do Iíder espiritual
A Bíblia faz-nos saber que os líderes espirituais enfrentarão tentações particulares em relaçãoao dinheiro.
Eis por que Paulo, ao especificar as qualificações dos presbíteros e dos diáconos ,isto:
"não sejam avarentos" , "cobiçosos de torpe ganância"
(I Tm 3.3; Tt 1.7).
Pedrotambém recomendou aos presbíteros:
"Pastoreai o rebanho de Deus. . não por sórdida ganância,mas de boa vontade"(1 Pe 52).
Entre os cristãos verdadeiros e espirituais do primeiro século haviahomens com falsas motivações "
...enganadores... ensinando o que não devem, por torpe ganância"(Tt 1.10,11).
Entretanto, é preciso esclarecer que é a vontade de Deus que os líderes espirituais que sededicam integralmente ao ministério sejam sustentados financeiramente pelas igrejas.
 
Paulo escreveu aos coríntios:
"Se vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bensmateriais?... Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam?e quem serve ao altar, do altar tira o seu sustento? Assim ordenou o Senhor aos que pregam oevangelho, que vivam do evangelho..."
(I Co 9.6-14).
E a Timóteo, o mesmo apóstolo escreveu:
"Devem ser considerados merecedores de dobrada honra (o sentido literal é dobrados honorários) os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na Palavra e no ensino"(I Tm5.17).
 
Houve ocasiões em que o Apóstolo Paulo não recebeu dinheiro das igrejas e, além de pregar o evangelho, trabalhou fabricando tendas a fim de sustentar-se (At 20.34; I Co 18.3-4).
Todavia, ele dizia ter o direito de não trabalhar (noutra profissão, visando sustento) e receber da igreja (I Co9.6,7,12).
Noutras ocasiões ele aceitou de bom grado as ofertas que lhe foram enviadas (ver Fl4.15.18).
Naquelas ocasiões, ele quis evitar que os pagãos interpretassem mal suas motivações, nãoqueria ser associado com os falsos mestres cuja motivação era o dinheiro; algumas vezes, ele quissustentar-se através de um trabalho braçal a fim de prover um bom exemplo para indivíduos que nãogostavam de trabalhar (II Ts 3.7-11).
A lição como um todo esmuito clara.
Os lideres espirituais devem ser cautelosos.
Infelizmente o mundo do século vinte também está cheio de aproveitadores religiosos.
Mesmo entreos crentes evangélicos existem Iíderes que se aproveitam das igrejas financeiramente.
E isto é umatragédia!
O reverso também acontece, e é igualmente trágico. Paulo escreveu aos filipenses:
"...no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo, no tocante adar e receber, senão unicamente vós outros..."(Fl 5.15).
Dar as cousas espirituais e receber os bensmateriais; dar os bens materiais e receber as cousas espirituais.
Ver outra vez I Co 9.11 e Rm15.26-27.
Edieni Sena

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